Esta semana recebemos a visita da equipe de São Sebastião, com a presença da fisioterapeuta, assistente social, nutricionista e terapeuta ocupacional. As profissionais acompanharam algumas das nossas ações, como a reunião semanal da equipe e a participação na reunião da rede social do Paranoá.
Em nossa reunião, ao passo em que apresentávamos para elas nosso funcionamento, também refletimos sobre o trabalho que temos desenvolvido no Itapoã, e percebemos que temos avançado bastante de forma qualitativa.
Problematizamos nossa participação nos grupos, rompendo com a "ditadura" do ter que montar um grupo de qualquer coisa para a população, qualificando esta participação; debatemos sobre o sentido das capacitações, pois entendemos que estas se dão, necessariamente, por meio da prática, do caso concreto, e não a partir de palestras informativas aos demais profissionais; e por fim, discutimos a fragmentação do cuidado, pois construímos uma prática que não permite mais o "esses aqui são para a fono, esses aqui para a nutrição, esses para a pediatria..."
Enquanto equipe, discutimos um determinado caso, independente se o fonoaudiólogo está ou não presente para discutir sobre a situação das crianças com atrasos de linguagem, por exemplo. E isso tem sido um desafio imenso (mais um)... Esse espaço se constitui na reunião da equipe, e esta se configura como primeiro contato da equipe de SF conosco a respeito de uma nova necessidade identificada. E só depois de discutirmos os casos damos o passo seguinte: a consulta individual, a compartilhada, a visita domiciliar, a visita institucional ou o contato com outros equipamentos da rede.
Portanto, embora não anulemos nossas identidades profissionais, não temos casos para fono, para to, para assistente social...
Nenhum comentário:
Postar um comentário