NASF Itapoã/Paranoá DF

Blog da equipe NASF! Bem vindos!!!
Para tornar o blog interativo... COMENTE!!!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Centro de Saúde do Itapoã destaca importância de parceria com o PROTEJO

Estamos até ficando famosos!!! Segue o link e a entrevista que Dayana Trifoni, terapeuta ocupacional do NASF, concedeu a um instituto que desenvolvia ações junto a adolescentes e jovens do Itapoã. A iniciativa não existe mais, mas fica o registro para reflexões e estímulo a novas empreitadas...


http://www.saber.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=150:centro-de-saude-i-do-itapoa-destaca-importancia-de-parceria-com-o-protejo&catid=34:noticias&Itemid=27


Centro de Saúde do Itapoã destaca importância de parceria com o PROTEJO




Dayana Trifoni, terapeuta ocupacional e especialista em assistência social do Centro de Saúde I do Itapoã, concede entrevista a SABER e fala dos resultados obtidos com os jovens ao longo da edição 2009 do PROTEJO (Projeto de Proteção de Jovens em Território Vulnerável) e da parceria gerada com a SABER.
SABER - Com surgiu a parceria entre o Centro de Saúde e o PROTEJO?
Dayana - Fazemos parte do Núcleo de Apoio à Saúde da Família e percebemos que em Itapoã a maior parte da população é muito jovem e está em situação de vulnerabilidade. E na maioria das vezes sem muitas perspectivas de vida, de trabalho, por isso pensamos em começar ações para que esses jovens estivessem presentes. A primeira tentativa foi com um trabalho no próprio Centro de Saúde, mas foi muito difícil conseguir convocar esses jovens para participar do grupo de atividades no Centro. Foi então, que começamos a procurar as redes de apoio do Itapoã e conhecemos o trabalho da SABER e do PROTEJO, que atende o mesmo público que estávamos à procura, jovens de 15 a 24 anos e em vulnerabilidade, nos interessamos e começamos a parceria.
SABER - Como funciona esta parceria?
Dayana - Nosso objetivo foi trazer para os jovens do PROTEJO questões relacionadas à saúde, de uma forma que pudesse esclarecer dúvidas e ajudar muitos deles. A proposta foi de trabalhar com esses jovens para que eles sejam multiplicadores dos conhecimentos da área de saúde, não apenas com o intuito de levar isso para outros jovens, mas também para a comunidade. Uma vez por semana temos um grupo no Itapoã, que participa de palestras e oficinas. Começamos a parceria com os jovens participantes do Conselho Jovem, os chamados conselheiros, depois de um tempo e já preparados para discutir sobre os temas eles começaram a expandir o que foi aprendido para os outros jovens do PROTEJO e para a comunidade. Atualmente, estamos na fase de produção e finalização de uma revista em quadrinhos, com o intuito de trabalhar o potencial dos jovens e também o que foi aprendido por eles ao longo desse tempo. Palestras também foram realizadas por esses adolescentes, visando às temáticas do uso de drogas e a sexualidade. O que pretendemos agora é continuar essa parceria e poder levar os jovens do PROTEJO ao Centro de Saúde para que ministrem suas palestras e oficinas lá, continuando assim o trabalho de multiplicação das práticas.
SABER - Para você, como é a atuação do jovem como multiplicador de boas práticas no que diz respeito à área da saúde?
Dayana - Tanto os jovens como a população de Itapoã estão muito centrados no atendimento médico, portanto, a promoção de saúde fica um pouco de lado e distante do que desejamos para eles. Esta é uma população que chega ao Centro de Saúde pedindo atendimento médico, ainda que sejam problemas que podem ser solucionados por meio do conhecimento popular ou pela própria prática da promoção de saúde. Quando esses jovens chegam com a ideia de conseguir multiplicar o conhecimento em saúde, conseguimos criar uma cultura de promoção de saúde dentro da comunidade. Por meio do PROTEJO e com todas as atividades realizadas, esses jovens podem perceber o potencial e o seu conhecimento sobre o tema referente à saúde e dessa forma utilizar isso para que sejam atores de sua própria saúde e não apenas pacientes em um Centro de Saúde. Assim, eles podem ter uma noção crítica do que é a saúde e das necessidades da população.
SABER - Quais os resultados desta ação para os jovens do PROTEJO?
Dayana - Sentimos que o trabalho em saúde é algo que tem que ser seguido e plantado aos poucos nessas comunidades. Sabemos que o trabalho muitas vezes não atinge uma parcela tão ampla da população como queríamos que ele atingisse, mas trabalhamos muito no dia-a-dia e chegamos à conclusão que a parceria entre SABER e Centro de Saúde I do Itapoã tem sido uma parceria muito válida e que está gerando bons resultados. Os jovens estão realmente estimulados e conseguimos perceber essas mudanças nas oficinas e palestras que estão sendo realizadas por eles. É muito recompensador ver que os jovens conseguem ser atores do processo e o que ensinamos para eles está sendo repassado a outras pessoas.
SABER - Qual a importância de projetos sociais para a comunidade do Itapoã?
Dayana - A importância é poder mostrar a esses jovens que a vida pode ser mais do que eles imaginam, que existe um futuro e que ele nem sempre está submetido a certas situações, como de desemprego ou falta de condições sociais. Por isso, acredito que ações como a do PROTEJO promovem oportunidades e trazem diversos benefícios a esses jovens. Aqui no projeto existem muitas oficinas e palestras, o que eles precisam saber é que essas atividades geram oportunidade e quem sabe uma perspectiva de futuro.
SABER - Quais os principais assuntos tratados nessa prática comunitária?
Dayana - Sexualidade e drogas são os principais assuntos tratados na prática comunitária. Apesar de parecerem simples ainda são assuntos muito polêmicos e percebemos que existe a necessidade de serem abordados. Trabalhamos também questões relacionadas a oportunidades sociais, esse tema foi um pedido dos próprios jovens.
SABER – Qual avaliação sobre o PROTEJO na perspectiva dos profissionais do Centro de Saúde I do Itapoã?
Dayana – O resultado obtido tem sido muito bom. Percebemos que o PROTEJO tem ajudado muito os jovens do Itapoã que estavam desassistidos e hoje não estão mais. Podemos ver que depois desse tempo eles começaram a enxergar a vida de maneira diferente e têm uma perspectiva não só de vida, mas de emprego e de futuro. Daí a preocupação que temos com a permanência do PROTEJO, uma vez que é necessário potencializar o que já tem sido feito e pensar no que precisa ser realizado daqui por diante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário