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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Violência sexual contra crianças e adolescentes

A violência, de uma forma geral, tem sido percebida em diversas relações intra e extra familiares no território do Itapoã, e suas consequências são percebidas nos diferentes serviços e equipamentos sociais da cidade. Na saúde, as consequências da violência se expressam de diversas formas, sendo uma importante questão a ser considerada na determinação dos problemas de saúde da comunidade e das famílias.

Por entendermos que o processo saúde-doença está intrinsecamente ligado a um contexto que é social, tentamos abordar "as sequelas" da violência para além delas mesmas. Ou seja, nosso olhar para o problema tem ficado apurado, e a partir disso temos buscado construir ações que não apenas dêem suporte às pessoas que sofrem de algum tipo de violência, como também que promovam a saúde e previnam a violência, em suas diversas formas.

Claro que sozinhos, nós, da saúde, não conseguiremos muita coisa. Mas temos tentado construir uma linha de cuidado em nossa realidade que atenda às questões relacionadas à violência. Hoje fizemos uma reunião com o PAV Jasmim, que é o programa de atenção às vítimas (e agressores) da violência para crianças e adolescentes do COMPP (Centro de Orientação Médico Psicopedagógico). O espaço foi interessante, pois além da discussão de um caso específico que levamos, tentamos traçar estratégias que pudessem fortalecer a rede de apoio a essas crianças e adolescentes no território do Itapoã. E pensamos ações de caráter coletivo, permeadas pelo propósito da promoção da saúde.

Faremos uma reunião com o PAV Girassol, que fica em nossa regional, e que tem a proposta de concentrar casos de violência contra crianças e adolescentes. Tentaremos acompanhar aqui no Itapoã os casos que já estão aguardando vaga no COMPP (há 500 na fila de espera) e que são das áreas das equipes. O CREAS de Sobradinho, que é referência para nossa área, tem profissionais capacitados no atendimento a estas crianças, e tentaremos construir uma proposta para aproximar as necessidades decorrentes de processos de violência. Neste caso, estamos pensando sobre a violência sexual, que tem sido recorrentemente identificada por nós e pelos agentes, que nos trazem os casos e buscam um apoio para também apoiarem as famílias.

3 comentários:

  1. A demanda é muito grande. Suprí-la não é tarefa fácil. Mas o objetivo é suprí-la ou suprimi-la? Não no sentido de ignorar, mas sim usar outros mecanismos de abordagem dessas questões.

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  2. Tá aí uma boa reflexão. Nós entendemos que suprimir a violência é um objetivo ousado, e talvez não seja possível, infelizmente. A complexidade do tema impede que busquemos resolver, por nós mesmos, a situação. Seria, inclusividade, ingenuidade, pois esta é uma questão necessariamente intersetorial. E acho que o caminho deve ser a busca por novas abordagens mesmo. O estabelecimento de uma rede efetiva ajuda muito! E participação da comunidade é fundamental. Nós, do Itapoã, ainda estamos engatinhando nesse sentido...

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  3. no lugar de inclusividade... leia-se inclusive! rs...

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