Temos nos deparado com algumas questões que nos fazem pensar mais e mais sobre nosso papel apoiador! O que significa isso? Como profissionais "especializados" podem apoiar equipes de saúde da família em seu trabalho diário?
Desde que começamos nosso trabalho, vivenciamos situações em que tínhamos que assumir um papel por vezes protagonista na implementação da ESF em nossa regional. Juntamente com as equipes, tentamos conhecer melhor quem era essa população, sua história, suas demandas, suas necessidades. Isso nos forçou, de alguma forma, a construir uma nova prática, diferente daquela para a qual as universidades nos formaram - sim, todos fomos formados para o mercado, e não para a saúde coletiva!
Felizmente conseguimos pactuar nossas ações em busca de um novo fazer, e não apenas reproduzir o que tínhamos em comum em nossas formações. Isso nos possibilitou avançar na crítica e no entendimento da proposta, embora ainda estejamos amadurecendo, sobretudo a nossa prática.
Essa tal prática tem sido desafiadora, e estamos avançando para algo genuíno: existe uma portaria ministerial com uma proposta global, mas nossas ações nascem da realidade vivenciada por nossa equipe. Portanto podemos dizer que fazemos diferente!
Talvez tenhamos que ousar mais. Transformar a saúde das pessoas exige isso. Até porque temos consciência de que não faremos nada sozinhos, e trabalhar em equipe e em parceria com a própria comunidade é algo extremamente ousado. Por isso entendemos que apoiar a saúde das famílias requer protagonismo, imersão, vínculo. E muitas vezes pode ser que tenhamos que fazer isso lado a lado com as equipes de SF.
Mas a questão parece ainda demandar mais reflexões, e aí fica a provocação: o que é apoiar a saúde das famílias?
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